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Jiu-Jítsu na Polícia Penal

Atletas PPDF. Foto Walter Júnior (Fotógrafo SINDPOL-DF).

Visando a melhoria do condicionamento físico e mental, o esporte tem sido um grande aliado da categoria, servindo de aperfeiçoamento para a atuação de rotina e amenizando também, os impactos sofridos na saúde.

No sistema penitenciário, um dos esportes mais praticados é o Jiu-Jítsu, as academias nas unidades dão aos servidores a oportunidade de treinar e aprender em conjunto nos tatames, as unidades CDP 1 e CDP 2 são as mais visitadas e contam com projetos para os Policiais Penais do Distrito Federal.

Atletas PPDF. Foto Walter Júnior (Fotógrafo SINDPOL-DF).

Thiago Raposo é um dos líderes do projeto de Jiu-Jítsu nas academias do sistema prisional. Em entrevista ele conta um pouco de como é a rotina do projeto.

Quem foi o criador do projeto?
Ainda buscamos um projeto oficial escrito. Apenas nos reunimos em um grupo de WhatsApp e marcamos nossos treinos após o horário de expediente.
Na verdade, a ideia partiu de alguns policiais que já treinavam jiu-jítsu nas folgas, quando fui lotado no CDP-II eles já treinavam e o mais graduado do dia, comandava o treino.

Quando você sentiu necessidade de se envolver nesse projeto?
Eu diria que sou um envolvido com assiduidade, apenas me proponho de modo voluntário a ensinar jiu-jítsu aos policiais da forma que aprendi. Tento ensinar além da técnica, valores como: perseverança, garra, vontade de vencer, respeito ao próximo, seriedade naquilo que se propõe a fazer, foco, dentre outros valores.

Existem unidades específicas em que vocês praticam? Quais?
Nossos treinos ocorrem nos CDP’s I e II, também visitamos o CIR e a DPOE.
Como foi participar da Olimpíada World Police Fire Games?
Foi uma experiência gigante que gerou um resultado muito positivo, senti uma enorme sensação de patriotismo e de dever cumprido. Percebi que através do esporte, podemos dar enorme visibilidade a nossa categoria profissional, ainda muito nova.
Como funcionam os treinamentos, duração, dias e o que é preciso para participar?

Atletas PPDF. Foto Walter Júnior (Fotógrafo SINDPOL-DF).

Nossos treinos duram em média 2 horas e ocorre de 2 a 3 vezes na semana. Para participar é necessário apenas “ter vontade”. Aceitamos homens e mulheres de qualquer idade.

Você pode contar um pouco como é o sentimento de ver um projeto ser tão ativo dentro de uma categoria tão grande e importante para a Segurança Pública?

Eu confio totalmente na eficiência do jiu-jítsu! Ele é capaz de mudar a vida das pessoas e até a personalidade. O praticante, em pouco tempo, se torna uma pessoa poderosa, com autoestima elevada. É uma ferramenta de empoderamento! Claro que um projeto como este influencia pessoas!
Você vê os esportes como uma fuga da jornada dura vivida pelos Policiais Penais?

Não vejo como fuga, pois o samurai nunca foge! O samurai está sempre pronto! Não somos samurais, mas tentamos nos comportar como samurais. Vejo como uma ferramenta auxiliar para as pessoas resolverem os problemas. A autoconfiança lhe dará equilíbrio, atenção e foco na resolução dos problemas corriqueiros.

Escrito por : Luís Miranda (Jornalista SINDPOL-DF).

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