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CAMPANHA DO JANEIRO BRANCO

Não deixe sua saúde mental para depois.

A Polícia Penal do DF enfrentou grandes dificuldades durante os últimos períodos, dificuldades essas responsáveis por ocasionar diversos impactos prejudiciais na saúde desses profissionais da segurança pública. A exemplo disso, podemos citar a pandemia suportada nos anos de 2020/2021, onde a categoria chegou a representar ¼ de toda a população brasiliense infectada no início da pandemia. Na linha de frente de combate ao Coronavírus, a Polícia Penal não parou, e enfrentou a pandemia, cuidando dos cerca de 18 mil custodiados pertencentes ao Sistema Penitenciário do Distrito Federal.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o trabalho penitenciário está caracterizado como uma das atividades que mais acometem seus profissionais ao desgaste mental e problemas psicológicos, ocasionando diagnósticos como depressão, alcoolismo e outros variados transtornos mentais causados pela profissão. Estudo realizado pelo Instituto de Psicologia (IP) da Universidade de São Paulo (USP), aponta que as tensões sofridas constantemente pelos policiais, influenciam na desorganização psicológica, deficiências na saúde física, dentre outros problemas.

As condições são desfavoráveis: superlotação dos presídios, baixo efetivo de Policiais e a precariedade dos equipamentos de segurança tornam as jornadas de trabalho degradantes, extenuantes e exaustivas a ponto dessas questões se tornarem um problema que reflete diretamente na saúde dos Policiais Penais em ação.

Visando a importância de conscientização desse assunto na carreira, o SINDPOL-DF promoveu entrevistas com os psicólogos Ricardo Aurélio, que também é Agente de Custódia e atualmente trabalha no Centro de Internamento e Reeducação (CIR), e a psicóloga Dra. Carolina Alves, cujo objetivo é alertar sobre a atenção psicossocial e de saúde no trabalho aos profissionais da segurança pública.

O Dr. Ricardo destacou a necessidade de implementação de espaços especializados para os policiais com foco na assistência à saúde mental:
“Há necessidade de um atendimento para os servidores de forma individualizada, como um projeto de uma policlínica de atendimentos para os servidores penitenciários, levando em consideração que esses servidores estão lidando constantemente com um universo estressante que ao longo do tempo pode levar a algum problema emocional”.

A Dra. Carolina descreveu um pouco sobre os principais sintomas que afetam os seus pacientes da área da segurança:

“O sintoma mais comum é a ansiedade. Muitos também trazem a falta de sono, depressão, medo, fobia e preocupação excessiva e também outros sintomas como doenças psicossomáticas que vão trazendo problemas para o nosso corpo, taquicardia, dor de cabeça e problemas de respiração. Essas demandas vêm após começarem a atuar na área da segurança pública”.

O SINDPOL-DF se atenta na conscientização e apoia a campanha do janeiro branco, alertando a categoria, bem como aos órgãos governamentais sobre os cuidados que devem ser implementados para preservação da integridade física e mental desses profissionais.

Link das entrevistas na íntegra:

https://www.youtube.com/watch?v=3-6W4TUsdKM-Dr. Ricardo Aurélio

https://www.youtube.com/watch?v=aghW_7fYN98– Dra. Caroline Alves

Escrito por : Luís Miranda (Jornalista SINDPOL-DF).

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