Em 2012, foi criado um grupo de trabalho com servidores do Sistema Penitenciário para potencializar as atividades de Tecnologia da Informação do segmento no DF. Posteriormente, esse grupo se tornou a Gerência de Tecnologia da Informação da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária do Distrito Federal – (GTI/SEAPE).
A iniciativa revolucionária representou um passo significativo rumo ao futuro, estabeleceu-se como um programa moderno e sólido de desenvolvimento de software, atendendo, num primeiro momento, às necessidades das unidades prisionais e ampliando de forma significativa o poder de gestão informatizada.
Atualmente, 16 policiais penais compõem a GTI, servidores capacitados, que conhecem de perto a realidade do sistema e possuem como diferencial a vivência, a experiência e conhecimentos que se transpõem em linguagem computacional que facilitam a rotina prisional. Exemplo disso é a equipe de TI da PPDF, que se tornou referência em boas práticas de gestão tecnológica no GDF e em todo o país, economizando, inclusive, uma cifra milionária de recursos financeiros em desenvolvimento de softwares.
Ao vislumbrar o atual Sistema de Administração Penitenciária (SIAPEN/WEB), ferramenta criada pela GTI que possibilita o acompanhamento em tempo real de todas as informações referentes à vida carcerária dos internos, em nada se assemelha ao baixo desempenho e à morosidade do sistema antigo, na época, conhecido como SIPEN.
Anteriormente, a categoria lidava com inúmeros e constantes problemas, como sistemas corrompidos, falta de segurança na proteção dos dados, dificuldades na gravação e acesso aos registros, bem como a burocracia na troca de informações entre o sistema carcerário e demais órgãos. Como resultado desse cenário, eram observados problemas nos procedimentos de visita, filas gigantescas que começavam a se formar com três dias de antecedência, em frente do complexo prisional, apenas para garantir a senha de visitação, que era distribuída manualmente pelo agente responsável do dia.
Hoje, graças às modernizações implementadas pela GTI, é possível o acesso ao histórico completo de informações; movimentações carcerárias; processos criminais; visitação; atendimentos de advogados; agendamentos judiciais; processos disciplinares; atendimentos de saúde e muito mais. Além disso, há disponibilização de dados em tempo real para diversos órgãos parceiros, como TJDFT, MPDFT, PCDF, DEPEN, PMDF, Defensoria Pública, OAB-DF.
Outros sistemas desenvolvidos que proporcionaram uma transformação significativa nas rotinas carcerárias incluem o Senha Online. O programa proporciona facilidade e um atendimento humanizado aos familiares dos apenados. Já o sistema Agenda OAB permite que advogados consigam realizar agendamentos e obter informações mediante acesso à internet, além do SISVEP, que possibilita a marcação de um serviço voluntário com transparência, dinamicidade e confiabilidade, e o Polícia Penal DF Móvel.
“A tarefa de gerir a área de tecnologia da Seape é bastante complexa. Precisamos nos atentar a todas as implicações e potencialidades que as informações do sistema prisional podem alcançar. Atuamos de forma constante para facilitar a vida dos servidores da ponta, apresentando agilidade, eficiência aliados à padronização dos procedimentos. Isso tudo é tão importante quanto a disponibilização e armazenamento desses dados para tomadas de decisões por parte da gestão. Essa tarefa, embora árdua, se torna imensamente gratificante quando temos uma equipe capacitada, profissional e comprometida como a da GTI. O grande mérito é da equipe”, avaliou o policial chefe do GTI, André Almeida.
Atualmente, a equipe visa evoluir o tratamento de dados do sistema penitenciário com softwares de Business Intelligence, como ferramenta auxiliar de gestão e transparência, e promover integrações de dados com outras forças de segurança para ampliação do poder de investigação, prevenção e mapeamento de organizações criminosas.