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Déficit de policiais penais e paralisação do serviço voluntário comprometem fiscalização de apenados no DF

07/10/2025

O Sindicato dos Policiais Penais do Distrito Federal (SINDPOL-DF) emitiu uma nota pública nesta terça-feira, 7 de outubro de 2025, para esclarecer à sociedade sobre a atual ausência de fiscalização dos presos beneficiados com trabalho externo e saídas temporárias, conhecida como saidão.

Segundo o sindicato, essa fiscalização é de competência exclusiva da Polícia Penal do DF, que hoje enfrenta um déficit de cerca de mil servidores. A situação se agravou com a adesão da categoria à não marcação do serviço voluntário, medida adotada em protesto contra o descumprimento, pelo Governo do Distrito Federal (GDF), do acordo que previa a redução do interstício e também contra o tratamento desigual dado à categoria em relação às demais forças de segurança pública.

Com a paralisação do serviço voluntário, a Diretoria de Fiscalização da Polícia Penal (DFPP) — responsável pelo monitoramento de presos em regime externo — foi temporariamente desativada, uma vez que foi necessário realocar policiais para garantir a segurança interna das unidades prisionais.

O presidente do SINDPOL-DF, Paulo Rogério, lamentou a falta de isonomia nas ações do governo:

“O GDF tem tratado de forma desigual a Polícia Penal, o que desmotiva profundamente uma categoria que é responsável pela custódia de cerca de 16 mil internos e pela fiscalização e monitoramento de outras 10 mil pessoas em diferentes regimes fora das penitenciárias.”

O sindicato destacou que o problema tende a se agravar com o saidão previsto para quinta-feira, 9 de outubro, quando aproximadamente mil presos devem ser beneficiados. Sem o serviço voluntário, será praticamente impossível garantir o policiamento e a fiscalização desses apenados, o que representa risco real à segurança pública.

O SINDPOL-DF reforçou que permanece aberto ao diálogo e à construção de soluções que restabeleçam o pleno funcionamento das atividades afetadas, assegurando o cumprimento das atribuições constitucionais da Polícia Penal.

“Queremos apenas o cumprimento dos compromissos firmados e a mesma valorização concedida às demais forças de segurança da nossa capital”, concluiu Paulo Rogério.


Leia aqui a nota oficial

Assessoria de Comunicação – SINDPOL-DF